Jejum é uma prática de abstenção alimentar completa, tanto de sólidos como de líquidos por um determinado período, vinculada a uma prática religiosa.
Jejum e propósito, tem diferença?
Ficar um tempo sem assistir algo na tevê, ou sem mexer na internet, ou sem beber refrigerante, ou não tomar banho, ou não praticar algum esporte que gosta, pode ser chamado de muita coisa (ficar sem tomar banho por exemplo pode ser chamado de porcaria!), mas nunca de jejum.
Alguns defendem tais práticas, e outras tantas que a criatividade no imaginário social do evangelicalismo pondera, dizendo se tratar de propósitos para alcançar algum tipo de benesse, e que não pode ser chamado de "jejum" por conta disso. Em relação à nomenclatura até que estão certos ao fato de não chamar de jejum (mas existem pessoas que dizem ser jejum), nas em relação às outras coisas... veremos depois.
Os defensores dos "propósitos", muitas das vezes escabrosos, utilizam de maneira desconexa a passagem do livro de Daniel, em que Daniel e seus amigos se abstêm dos manjares do rei, se alimentando apenas de legumes. No entanto, uma leitura cuidadosa e honesta, nos permite perceber que o que aconteceu lá foi que eles não queriam provar dos alimentos contaminados da Babilônia. Tão somente isso!
Jejum é dieta?
Não não é! Apesar de alguns forçarem a barra para unir as duas coisas, não, jejum é jejum, e dieta é dieta.
E não, não vamos falar sobre dieta aqui! (risos!)
BORA PARA A BÍBLIA? BORA!
Moisés ficou ali com Deus, o SENHOR, quarenta dias e quarenta noites e durante esse tempo não comeu nem bebeu nada.
Êxodo 34:28
Neemias 1:4
- Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm 6.3,4);
- Arrependimento de pecados – Samuel e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (1 Sm 7.6, Ne 9.11);
- Luto – Davi jejua em expressão de dor pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (2 Sm 1.12 e 3.35);
- Aflições – Davi jejua em favor da criança que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (2 Sm 12.16-23); Josafá apregoou um jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e amonitas (2 Cr 20.3);
- Buscando Proteção – Esdras proclamou jejum junto ao rio Ava, pedindo a proteção e benção de Deus sobre sua viagem (Ed 8.21-23); Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei (Et 4.16);
- Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros que estavam enfermos (Sl 35.13);
- Intercessão – Daniel orando por Jerusalém e seu povo (Dn 9.3, 10.2,3)
- Preparação para a Batalha Espiritual – Jesus mencionou que determinadas castas só sairão por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade (Mt 17.21);
- Estar com o Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc 2.37);
- Preparar-se para o Ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter sido cheio do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc 4.1,2);
c) Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas situações, tais como:
- Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao Senhor (At 13.2);
- Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At.13:3);
- Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At 14.23).
d) Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo de ter jejuado (2 Co 6.3-5; 11.23-27)
(AINDA EM CONCLUSÃO...)